5. O Brain Bio Center de New Jersey mediu o plasma das pessoas que comeram dois ovos por dia, durante 10 meses, e constatou uma elevação de Lisina, Treonina e Leucina. A Lisina é usada junto com a vitamina C por Linus Pauling e Mathias Rath para o tratamento de infecções, arteriosclerose, câncer e reumatismo. A arteriosclerose que leva ao infarto e derrame cerebral pode ser precedida pela microisquemia de certas depressões e posterior perda da memória três anos e meio mais tarde em pessoas idosas. As vitaminas B6, B9 (ácido fólico) e B12 do ovo protegem o cérebro da intoxicação pela homocisteína, que produz infartos cerebrais silenciosos nas áreas cognitiva (Alzheimer), afetiva (depressão) e psicomotora (Parkinson). Tais males, como acima foi salientado, triplicaram nos últimos vinte anos, coincidindo com a “fobia do colesterol do ovo” em todos os continentes.
A Leucina produz glutamina que produz GABA, neurotransmissor responsável pelo controle do córtex frontal sobre a amígdala cerebral, inibindo pela vontade consciente (frontal) as reações desproporcionais (da amígdala) de luta, fuga e aproximação amorosa que caracterizam a falta de equilíbrio emocional. A Treonina atravessa a barreira hemato-liquórica e modula certas células que controlam a dor e o espasmo muscular e outras que via NMDA estimulam o pensamento criativo e a emoção prazeirosa.
6. O ovo tem os aminoácidos Thiois (moléculas contendo átomos de enxofre) que compensam a deficiência destes mesmos thiois na soja, permitindo uma nutrição cerebral evolutiva, isto é, facilitam o amadurecimento do cérebro, por exemplo: a metionina protege da depressão por excesso de histamina e também gera o SAM que protege da depressão suicida por falta de serotonina e que gera a melatonina, esta protegendo da degeneração por radicais livres nos núcleos que fabricam a serotonina, a acetilcolina (perda da memória). Por isso, Pffeifer receita dois ovos por dia para a prevenção de Alzheimer. Na doença de Parkinson a proteção deve ser do núcleo que fabrica dopamina e na esquizofrenia principalmente o núcleo da noradrenalina. Quando acumula serotonina ela produz NGF, o fator de crescimento do neurônio que regenera as antenas (dentrites) junto com a taurina produzida pela cisteína do ovo. O NGF também regenera os cabos emissores (axônios), como faz a Acetil-L-Carnitina da carne vermelha mal passada. Além disso, o NGF estimula a síntese da noradrenalina que melhora o raciocínio e a memória e a síntese de antioxidantes responsáveis pela longevidade cerebral.
Na depressão e esquizofrenia o equilíbrio dos receptores de dopamina e serotonina é feito como ômega 3 da linhaça ou do peixe, minerais, vitaminas e remoção de toxinas de metais, por exemplo, do intestino. Um grama de EPA bloqueia 80% de PLA2, geradora de D2-R e 5HT2-R que estão em excesso na depressão e esquizofrenia. Existem ovos ricos em EPA e DHA, imitando os “ovos gregos”, com dez vezes mais omega 3.
7. A gema crua produz, a partir da lecitina, os fosfolipídios do tipo fosfatidil-serina, que induz a melhora da memória e depressão; fosfatidil-etanolamina que melhora 85% das crianças hiperativas com doença do distúrbio de atenção; fosfatidil-colina que também melhora a memória; e o fosfatidil inositol. Quando a alimentação é sincronizada com o exercício, provoca o sono profundo (delta) e o cérebro produz 50% do inositol. O inositol melhora a sensibilidade dos receptores de serotonina, evitando depressão, ansiedade, pânico e obcessão. Os quatro fosfolipídios junto com o esquema da linhaça previnem e até ajudam o tratamento da depressão (dificuldade de sentir prazer e baixa tolerância à frustração, imperfeição e crítica) e os componentes que acompanham (dependendo do temperamento) a ansiedade, a agressividade, a auto-estima oscilante. Além disso, o sono delta e o exercício físico, junto com a lisina do ovo, produz mais GH, ou seja, o hormônio da juventude que evita a obesidade, o diabete e as doenças cardio-vasculares, melhorando a performance mental e física.
8. A clara deve ser cozida, para facilitar a digestão e a assimilação dos BCAA, aminoácidos que produzem 30% de energia muscular e constroem a massa muscular quando sincronizados com a musculação. Um dos BCAA, a leucina, produz glutamina que equilibra o ácido glutâmico e o GABA, os neurônios da excitação e inibição e ajuda a desintoxicar a amônia que provoca fadiga cerebral quando em excesso.
Dr. Juarez Nunes Callegaro
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Juarez Nunes Callegaro, nascido em Santiago (RS), formou-se em Medicina pela UFRGS. Fundou e liderou o primeiro Pronto Socorro Infantil de Porto Alegre e lecionou na PUC-RS, onde supervisionou estagiários de Psicologia Clínica. Foi presidente da Associação de Hipnologia Médica do RS e vice-presidente da Associação Brasileira de Cibernética e Sistemas Gerais. Representou o Brasil no I Congresso Brasileiro de Cibernética em 1972, integrando conceitos da cibernética à psiquiatria e educação, o que levou à criação da Medicina e Psiquiatria Ortossistêmica, revolucionando o entendimento da nutrologia cerebral.
Discípulo de Linus Pauling, participou de congressos nacionais e internacionais e foi pioneiro em nutrologia cerebral no Brasil. Lecionou em diversas universidades, incluindo a Universidade São Camilo e a Universidade Veiga de Almeida, além de participar em cursos internacionais em Lisboa e Florença. Foi reconhecido por suas contribuições científicas, recebendo o título de “Mestre Notório Saber” pela Associação Brasileira de Oxidologia.
Callegaro palestrou em inúmeros congressos internacionais e foi diretor científico no Congresso Internacional de Medicina Integrativa para a Saúde Mental, realizado em São Paulo. Publicou obras como Mente Criativa e Nutrição Cerebral.
Ele afirma que a nutrição pode melhorar a inteligência e o bem-estar humano. Para ele, a Medicina Ortossistêmica é uma proposta de revolução pedagógica e biológica que busca identificar as causas do sofrimento e promover a harmonia entre as necessidades e os recursos humanos, com o objetivo de alcançar uma sociedade mais justa e colaborativa.
Dr. Juarez Nunes Callegaro