Dr Juarez Callegaro

MINERALOGRAMA NAS DOENÇAS MENTAIS

1-     O mercúrio (Hg) é mensurável pelo cabelo ou excreção urinária após provocação por DMSA. O neonato tem mais mercúrio que a mãe, mas depois desaparece o mercúrio do cabelo e é excretado pelo teste DMSA. O mercúrio bloqueia a barreira hametoencefálica para bombeamento de vitamina B12 para o líquor. O Hg também bloqueia as GAP-JUNTIONS da conexão entre a bainha e mielina com o axônio, diminuindo em mil vezes a entrada de nutrientes e retirada de poluentes. O Hg produz grumos nas mitocôndrias, diminuindo a produção de ATP, aumentando o cálcio intracelular e os radicais livres que fragmentam inicialmente o DNA mitocondrial e depois o nuclear, principalmente na memória de trabalho que se encontrar disfuncional em neurodegenerações do AUTISMO, ESQUIZOFRENIA E ALZHEIMER. O Hg bloqueia  dineína, que transporta NGF, BDNF, etc., responsáveis pela neuroplasticidade cognitiva e afetiva.

 

2-     A excreção de mercúrio pela urina depleta o lítio mensurável pela dosagem eritrocitária correlata com a capilar, diferente da plasmática, menos precisa no caso de depressões refratárias, principalmente com riscos do triângulo das mortes violentas descrito pela Organização Mundial da Saúde (suicídio, homicídio e acidentes de trânsito) e adicionalmente a escalada de drogas objeto da ADITOLOGIA, especialidade reconhecida na França. Segundo Eric Kandel, a serotonina produz uma cascata N-CAM e Nh-CAM que produzem NGF e DBH (enzima de síntese de noradrenalina), que evita, segundo Wise-Stein, a autoxidação de dopamina por acúmulo nos terminais noradrenérgicos na região dorso lateral esquerda do LOBO FRONTAL, onde há redução de noradrenalina. Esta região lesionada está correlata com o grau de distúrbio cognitivo da ESQUIZOFRENIA e o teste WTC que indica a falta de flexibilidade nas decisões sensíveis a mudanças de contexto ambiental. O lítio também facilita a síntese de serotonina e o aumento de receptores tipo 1 e diminuição de receptores tipo 2. Os receptores tipo 1 dos neurônios estão diminuídos e do tipo 2 estão aumentados em correção com depressão, ansiedade, pânico e pensamento obsessivo. O receptor tipo 1 da astrologia estimula a síntese de S-100-BETA, neurotrofina que regenera o cito esqueleto do neurônios e da própria glia. Segundo Eugenia Wang, a razão glia/neurônio é o principal marcador de longevidade cerebral. O lítio aumenta em três por cento ao mês o espessamento do córtex cerebral. Adicionalmente, recente pesquisa demonstrou que o alvo principal é o LOBO FRONTAL.

 

3-     Além desta relação entre nutrientes e poluentes (lítio e Hg), existem inúmeros outros, tais como o cromo, vanádio, ômega 3, que aumentam a sensibilidade dos receptores de insulina que atua no cromossomo 11 e estimulam a expressão de transportadores de glicose para o cérebro (GLUT-1/GLUT-3), evitando a hipofrontalidade correlata com distúrbios cognitivos e afetivos graves em testes com neuroimagem. Além disso aumenta a expressão de PKC, cujo componente ZINC FINGER, um fator de transcrição, regula a utilização pelo cérebro de vitamina A, D e três tipos de hormônios: corticoides, tireóide, testosterona e estrógenos.

 

4-     Nancy Andreasen em seu livro “ADMIRÁVEL CÉREBRO NOVO”, apresenta um modelo de pesquisa que conecta o mapeamento genético com o mapeamento cerebral, conceitos estes que permitiram o melhor diagnóstico, tratamento, prevenção de problemas mentais e perspectivas de aperfeiçoamento da relação mente-cérebro. Este livro foi elogiado pelas duas revistas consideradas de maior valor científico para inserir as Universidades do mundo numa hierarquia daquelas que, pelo seu excelente grau de cientificidade, merecem maior credibilidade. A autora também pensa que as decisões políticas sobre saúde deveriam ser priorizadas a partir das implicações cientificas preventivas desta psiquiatria e medicina avançada.
Em meu livro “MENTE CRIATIVA” (Ed. Vozes), defendo o conceito de democracia como a equivalência entre o PODER de DECISÃO e o PODER DE SOLUÇÃO. Seria então o elogiável conceito de Nancy Andreasen de que a cientificidade dos programas de saúde (PODER DE SOLUÇÃO) devam orientar as prioridades sobre saúde (PODER POLITICO DE DECISÃO).

BIOGRAFIA

Juarez Nunes Callegaro, nascido em Santiago (RS), formou-se em Medicina pela UFRGS. Fundou e liderou o primeiro Pronto Socorro Infantil de Porto Alegre e lecionou na PUC-RS, onde supervisionou estagiários de Psicologia Clínica. Foi presidente da Associação de Hipnologia Médica do RS e vice-presidente da Associação Brasileira de Cibernética e Sistemas Gerais. Representou o Brasil no I Congresso Brasileiro de Cibernética em 1972, integrando conceitos da cibernética à psiquiatria e educação, o que levou à criação da Medicina e Psiquiatria Ortossistêmica, revolucionando o entendimento da nutrologia cerebral.

Discípulo de Linus Pauling, participou de congressos nacionais e internacionais e foi pioneiro em nutrologia cerebral no Brasil. Lecionou em diversas universidades, incluindo a Universidade São Camilo e a Universidade Veiga de Almeida, além de participar em cursos internacionais em Lisboa e Florença. Foi reconhecido por suas contribuições científicas, recebendo o título de “Mestre Notório Saber” pela Associação Brasileira de Oxidologia.

Callegaro palestrou em inúmeros congressos internacionais e foi diretor científico no Congresso Internacional de Medicina Integrativa para a Saúde Mental, realizado em São Paulo. Publicou obras como Mente Criativa e Nutrição Cerebral.

Ele afirma que a nutrição pode melhorar a inteligência e o bem-estar humano. Para ele, a Medicina Ortossistêmica é uma proposta de revolução pedagógica e biológica que busca identificar as causas do sofrimento e promover a harmonia entre as necessidades e os recursos humanos, com o objetivo de alcançar uma sociedade mais justa e colaborativa.

Dr. Juarez Nunes Callegaro