Dr Juarez Callegaro

DEPRESSÃO MASCARADA E OBESIDADE (Parte II)

A obesidade e a depressão estão aumentando em países que adotam a dieta da pirâmide alimentar do Departamento de Agricultura Americano (PAA). Vários países que copiaram a dieta viram, após 20 anos, o aumento significativo da incidência destas duas enfermidades. A dieta que não acarreta tais doenças é a paleolítica, geradora do chamado Salto Cerebral do Paleolítico (SCP) e correlacionada com o aumento do cérebro, que saltou das 400 gramas do chipanzé para as 1.400 gramas do ser humano, ou seja, o cérebro atingiu três vezes e meia o tamanho do cérebro do ancestral do homem. Sendo que o lóbulo frontal duplicou (este fortemente relacionado com a inteligência emocional e 80% do sucesso amoroso e profissional). Contrastando com isto, nas últimas duas décadas triplicaram, em todos os continentes, as doenças mentais (Depressão, Alzheimer e Parkinson), tudo em razão da dieta americana (na minha opinião). Na dieta paleolítica havia muito mais frutas, verduras e legumes, fornecendo mais vitaminas e minerais importantes para o sistema neuroendocrinoimunológico, junto com as nozes, peixes e ovos ecológicos (caipira), não havendo o café da manhã com açúcar refinado, leite caseinado, glúten do trigo e margarina (gordura hidrogenada). Nem azeites vegetais desnaturados (trans) por aquecimento, tão tóxicos como o óleo queimado do automóvel. O almoço paleolítico era rico de carne de peixe ou caça com salada de verduras, acrescido de sopas noturnas ricas em legumes, ovos e frutos do mar, tudo sem agrotóxicos e trangênicos. O resultado dessas carências de nutrientes e dos poluentes alimentares em excesso pode ser diagnosticado com critérios de interpretação diferentes pela medicina e psiquiatria ortomolecular. Por exemplo, através do mineralograma capilar (não por biorressonância) podemos avaliar a carência de cromo que produz menor sensibilidade do receptor de insulina, levando à obesidade e depressão. O excesso de alumínio correlaciona-se com permeabilidade intestinal gerada por germes de fermentação que produzem, além de furos no intestino, por onde passam proteínas mal digeridas do glúten, caseína, carnes brancas e vermelhas produtoras de excitação noturna e apatia matinal com vários graus de depressão. O sistema imunológico produz citocinas que inflamam os vasos cerebrais e produzem oscilação da insulina e fluxo cerebral, produzindo maiores oscilações do humor e da inteligência emocional. Se muitos minerais estão baixos no mineralograma capilar, isto sugere a sua má absorção freqüentemente por excesso dos hormônios do estresse, os corticóides responsáveis por depressão e obesidade, pois bloqueiam a leptina que controla o apetite. Com isso os adipócitos produzem triglicerídeos que duplicam o risco de má circulação, inclusive cerebral, quando atingem o dobro em relação ao HDL, o colesterol antioxidante. A correção da cascata de má absorção evita estes fatores, chave do controle da depressão e obesidade por fatores nutricionais químicos. A falta de absorção de B6, B9 e B12 produzem o agravamento pela homocisteína dos danos das citoquinas, desregulando ainda mais o sistema neuroendocrinoimunológico e vascular. A melatonina, 95% produzina no intestino, inibe os corticóides (hormônios do estresse) que bloqueiam a leptina que inibe o NPY que desencadeia a fome ansiosa à tarde, enquanto o PYY do intestino sadio inibe a fome agravada por quem come depressa, o deprimido ansioso que tem consciência da ansiedade e geralmente não sabe que por trás dela há uma depressão, a depressão mascarada, freqüente nos obesos, jogadores, obcecados por dinheiro, sexo, violência, cigarro, álcool, tecnicamente denominada Síndrome de Dificiência de Recompensa. Na nossa opinião, é ela, a referida síndrome, que se encontra no centro da pirâmide das mortes violentas: 1) suicídio, que quadruplicou nas crianças na última década; 2) homicídio, 80% cometido por adolescentes; 3) acidente de trânsito, 95% causado pelo fator humano; 4) escalada de drogas, cuja lavagem de dinheiro é feita pelos 250 maiores bancos, os mesmos que financiam campanhas presdenciais, agronegócios, indústria alimentar e a indústria da desgraça – esta incluindo a indústria bélica e o mau uso, o abuso da indústria farmacêutica ao excluir a medicina nutricional química, física e informacional necessária para, junto com o bom uso da indústria farmacêutica, produzir gerações mais sadias, inteligentes e bondosas, o oposto da depressão, obesidade e suas conseqüências.

Dr. Juarez Nunes Callegaro
CRM 2494
Av. Carlos Gomes, 328 conj. 503
(51) 3379.1039 / 3379.1084



BIOGRAFIA

Juarez Nunes Callegaro, nascido em Santiago (RS), formou-se em Medicina pela UFRGS. Fundou e liderou o primeiro Pronto Socorro Infantil de Porto Alegre e lecionou na PUC-RS, onde supervisionou estagiários de Psicologia Clínica. Foi presidente da Associação de Hipnologia Médica do RS e vice-presidente da Associação Brasileira de Cibernética e Sistemas Gerais. Representou o Brasil no I Congresso Brasileiro de Cibernética em 1972, integrando conceitos da cibernética à psiquiatria e educação, o que levou à criação da Medicina e Psiquiatria Ortossistêmica, revolucionando o entendimento da nutrologia cerebral.

Discípulo de Linus Pauling, participou de congressos nacionais e internacionais e foi pioneiro em nutrologia cerebral no Brasil. Lecionou em diversas universidades, incluindo a Universidade São Camilo e a Universidade Veiga de Almeida, além de participar em cursos internacionais em Lisboa e Florença. Foi reconhecido por suas contribuições científicas, recebendo o título de “Mestre Notório Saber” pela Associação Brasileira de Oxidologia.

Callegaro palestrou em inúmeros congressos internacionais e foi diretor científico no Congresso Internacional de Medicina Integrativa para a Saúde Mental, realizado em São Paulo. Publicou obras como Mente Criativa e Nutrição Cerebral.

Ele afirma que a nutrição pode melhorar a inteligência e o bem-estar humano. Para ele, a Medicina Ortossistêmica é uma proposta de revolução pedagógica e biológica que busca identificar as causas do sofrimento e promover a harmonia entre as necessidades e os recursos humanos, com o objetivo de alcançar uma sociedade mais justa e colaborativa.

Dr. Juarez Nunes Callegaro